domingo, outubro 12, 2008

VOVÔ BARBUDO...

Desde que se mudou para o sítio, Vovô JF volta e meia fica com preguiça de fazer a barba. E foi por isso que, na sexta-feira, ele chegou lá em casa barbudo. A Vanessa já reclamou:

- Vô, por que você não faz a barba?
- Porque eu estou deixando crescer para me candidatar a presidente daqui a dois anos!
- Ué... e pra ser presidente precisa ficar barbudo?
- Claro, Vanessa! O nosso presidente não usa barba?
- Usa sim... mas então, Vô, isso quer dizer que você também vai cortar um mindinho???
- Eu não!!!
- Ah, então pra ser presidente você também não precisa ficar barbudo!!!

Nem preciso dizer que no dia seguinte o Vô JF já estava sem a barba...

sexta-feira, outubro 03, 2008

AAAAAAAHHHH... época de Eleições...

Quem não se emociona? Propaganda Cômica Obrigatória na TV... seres com bandeirinhas e papelotes de candidatos a cada esquina... carros enfeitados até as rodas... alto-falantes berrando nomes e números... mala-direta pedindo voto para algum vereador... telemarketing com gravação de candidato a prefeito te ligando todo dia... enfim, aquela coisa BO-NI-TA que se vê a cada dois anos.

Este ano, até que a coisa está um pouco mais tranqüila. Graças à lei contra poluição sonora aqui de São Paulo, é raro ter que agüentar as musiquinhas que tínhamos que ouvir antes das eleições. É claro, de vez em quando alguém dá uma de sonso e você acaba se deparando em pleno centro da cidade com um carro com uma figura gigante em cima berrando a todos pulmões "Meu nome é Havanir!!!" Ninguém merece...

O pior é aquela sensação de perseguição. Outro dia, estávamos saindo de um lançamento de livro, quando vimos estacionado, a poucos metros de nós, o carro de propaganda do Maurício Borracheiro, candidato a vereador naquela cidade. A foto era daquelas clássicas, com o fulano com um sorriso do tamanho do mundo. Mas o que mais assustava é que, acima da foto clássica do candidato na porta, a cara do próprio Maurício Borracheiro sorria em carne e osso da janela do carro em pose idêntica à foto, olhando fixo para a nossa direção. Tivemos uma crise de pânico: "Ah, meu Deus... é agora que ele vem pedir o nosso voto! E nós nem moramos aqui! Ele está sorrindo! E está olhando pra cá!" Estávamos já para gritar "SOCOOORRO", quando passou por nós a igualmente sorridente esposa do Maurício Borracheiro, por quem ele estava esperando, parado dentro de seu Del Rey. UUUUUFA!!!!

Se há coisa que me dá desespero é topar com alguém pedindo o meu voto. Tenho uma certa fobia a estranhos que me abordam na rua, desde os vendedores de aparelho de massagear na 25 de Março até os entregadores de santinho de boca de urna. Se eu vejo um, fujo. Mas, quando estou no carro, atravessando a cidade e invariavelmente paramos atrás de um fusquinha ou chevete ou brasília-propaganda, sempre de outra cidade, andando a 20 metros por hora, aí já passo pra piada. Tudo para evitar que o Vagner entre na mesma fobia que eu e fuja, já que eu não dirijo.

Foi por esse motivo que outro dia, quando ficamos atrás de uma BMV-Propaganda (para quem não sabe: BMV= Brasília Muito Velha), já começamos a brincar. Pra variar, carro de outra cidade. O nome do candidato, escrito no vidro traseiro da BMV era "PAPA 15". Reproduzo mais ou menos o diálogo que se seguiu:

LUCIANA: -Ué... Será que o candidato papa quinze???
JULIANA: -Ai, eu não ia querer votar em candidato canibal...
LUCIANA: -Não necessariamente, Ju. De repente ele pode papar 15 bombons, 15 tortas...
JULIANA: -Ou 15 melancias, 15 pizzas...
VAGNER: -Eu já acho que não é nada disso. Na verdade, o candidato é o Papa.
JULIANA: -E o Papa pode se candidatar?
VAGNER: -Por que não? Ele já não foi eleito como Papa?
VANESSA: -É, mas nesse caso o número dele está errado.
LUCIANA: -Como assim, Nê?
VANESSA: -Ora, se o candidato é o Papa Bento, então aí não pode escrever Papa 15 e sim Papa 16!!

:-PPPPP ..........................

terça-feira, setembro 16, 2008

TRAGÉDIA!!!

Fim-de-semana ensolarado no sítio. Sim, quando digo "ensolarado", subentenda-se que foi no fim-de-semana retrasado, porque o tempo nesse último foi uma inhaca ao cubo. Ultimamente, quando vamos para o sítio, não vemos mais as nossas filhas. A Juliana, que agora é assumidamente uma adolescente, passa a maior parte do tempo no quarto, desenhando, e de vez em quando temos que retirá-la de lá à força, para não criar mofo. Exceto quando temos que ir até à cidade, pois aí ela é a primeira a aparecer, com a bolsa a tiracolo, doida para gastar um pouco da semanada em bugigangas. A Vanessa, por sua vez, recusa-se terminantemente a sair do sítio. Em geral, fica brincando com a amiguinha Gi, neta dos caseiros do meu vô e, quando estão os meus priminhos, aí as duas somem para a casa deles. Com os seus 9 anos, a Vanessa é a mais paparicada, agora que a Ju não brinca mais: ela é "A GRANDE", aquela menina que faz um bando de coisas legais que meninas de 7 e 6 não conseguem ainda fazer. Quanto a nós, adultos, aproveitamos para descansar: o Vagner vai tirar fotografia, eu fico brincando com os meus pássaros, vou observar os bichos, etc.

E eu estava no terraço à tarde, quando apareceram a Vanessa e a Gi, a primeira apoiada no ombro da segunda, que já foi me gritando, com ar de urgência:

- TIAAAAAAAA!!! ACONTECEU UMA TRAGÉDIA!!!
- Nossa!!! O que foi???
- O Fofinho pisou no pé da Vanessa!!!

"Fofinho", logo depois eu soube, é o nome do pônei da Bellinha, minha prima-sobrinha. E a Vanessa estava ajudando a guiá-lo, quando levou um pisão. Examinei o pé, e perguntei se estava doendo. Ela me respondeu:

- Bem pouquinho, mãe. Na verdade, foi uma tragédia bem pequenininha, porque só ficou meio esfolado...

Mas bem que a tragedinha rendeu. Não pra brincar, pois aí ela se esquecia de tudo, mas o esfolado serviu como desculpa para a cada cinco minutos a Vanessa aparecer para trocar de sapato, para "evitar que eles ficassem apertando o pé por muito tempo". Não foi de todo mal, porque a Juliana, que não agüentou o vai e vem da Nê toda hora lá no quarto, acabou vindo pra sala, suspirando: "Essa minha irmã..."

domingo, agosto 31, 2008

SE VOCÊIS PENSA QUI NÓIS FUMO IMBORA...

... Nóis inganêmo vocêis
Fingimo que fumo e vortêmo

... ÓI NÓIS AQUI TRAVÊIS!!!!!

SIM!!!!! Isto não é uma miragem!!! Você não está tendo alucinações!!! Finalmente, depois de um longo e quente inverno... temos post novo no EEEPA!!!!!

Também estava com saudades... li cada comentário que foi colocado aqui. Também recebi os recados que chegaram através do blog do meu pai que, aliás, neste tempo todo me cobrava um retorno. O que não deixa de ser engraçado já que, nos primórdios do blog dele, quem cobrava histórias novas era eu.

Mas vamos às explicações... sumi por oito motivos:

1- Acúmulo de trabalho;
2- Falta de cérebro pra pensar no que escrever no pouco tempo livre;
3- Período de descanso após os trabalhos para tentar recuperar o cérebro frito com a correria;
4- Preguiça mental durante as férias para sentar ao computador e escrever uma única palavra;
5- Correria para zerar contas antigas, e tentativa de colocar o apartamento em ordem;
6- Cérebro agora já descansado, mas concentrado apenas nos planos presentes e de futuro próximo;
7- Correria para REALMENTE arrumar o apartamento, depois de um mês e meio de enrolação.

Sim, você que é um leitor atento, vai reclamar agora dizendo que eu enumerei um motivo a menos do que eu anunciei. Falei que haviam oito, mas não consigo me lembrar qual era o último que eu ia contar. Não disse que o meu cérebro estava meio frito??? Da próxima vez, não duvide do que eu digo!!!

Mas também há novidades por aqui. Eis um pouco do que aconteceu nesse período de recesso:

- A família aumentou! Agora temos mais quatro "filhos": um casal de periquitos australianos, a Daiane Amélia dos Santos e o Soldado Amélio Brasil, e um casal de calopsitas, Bibiana Terra e Capitão Rodrigo Cambará.

- Nosso aquário teve uma baixa: Ed Fish, o nosso botia que morria pra dormir, resolveu dar uma morrida de verdade e agora mora lá na "peixolândia", que é pra onde todos os peixinhos vão, e cujo caminho mais rápido para se chegar é pelo vaso do banheiro (pelo menos isso é o que a minha mãe disse quando eu tinha três anos e chorei desconsolada depois de matar meu peixinho dourado de tanto tacar comida pra ele). Enfim, o substituto para o nosso Ed Fish foi um Oscar, guloso toda a vida e por isso mesmo "batizado" de Homer Simpson.

- As meninas cresceram! Agora sua mãe de uma adolescente que está bem maior do que eu e de uma que, no dia em que completou nove anos, me contou que estava no último ano de sua infância, já que quando fizer dez vai ser uma pré-adolescente.

- Lancei um livro na Bienal de São Paulo, parceria com a escritora Juliana Dalla, chamado "Nossa América do Sul". O lançamento teve até direito a entrevista numa rádio, com direito a engasgadas históricas desta que vos digita e que é conhecida por ser um poço de timidez.

- Conheci pessoalmente dois blogueiros: a bisavó Maith e o meu quase-colega-dinossauro Marco. E, de quebra, ainda tive uma materialização às avessas, a Mimi, que conheci pessoalmente e só agora vou começar a ler seu blog.

Daqui a alguns dias, comentarei de forma mais alongada sobre os assuntos acima, e mais alguns de que me lembrar. Por hora me despeço, que há muitos amigos para visitar!!!

quarta-feira, maio 14, 2008

- MEU PAI E O ESTACIONAMENTO -

Para quem não sabe ainda, no final do ano os meus pais se mudaram para o interior, a 80 km daqui de São Paulo. Levaram os seus serviços de contabilidade para lá, então mais ou menos uma vez por semana um deles vem pra capital para resolver algum trabalho e também matar as saudades dos filhos e netas. Por conta do Imposto de Renda, quem tem vindo para cá com mais freqüência é o papai, e ele já criou toda uma rotina: vem pra São Paulo logo depois do almoço, corre pra onde precisa, depois vai jantar com meu irmão e dorme na casa dele. No dia seguinte, termina o que precisa fazer e vem pra cá, para almoçar conosco em um restaurante aqui perto. Como só temos uma vaga de garagem, ele deixa o carro em um estacionamento descoberto, quase em frente ao meu prédio. Depois do almoço, o meu pai pega o carro e viaja de volta pra casa.

Pois bem. O tal do estacionamento aqui perto oferece serviço de lavagem do carro e, na primeira vez que o papai veio, aproveitou e o deixou pra lavar. Estava um baita sol, mas foi só chegarmos ao restaurante que desabou a maior chuva. E é claro que choveu no carro, recém lavado.

Na semana seguinte, ele tentou novamente. Estacionou o carro. A menina do guichê perguntou se era pra lavar, meu pai disse que sim. Passou aqui em casa, e nós fomos a uma churrascaria a alguns quarteirões daqui. Voltamos a pé, debaixo do maior temporal, encharcados e dando risada da cara do papai, que tinha outra vez perdido a lavagem. Ele, então, desistiu. Quando voltou na outra semana, assim que a menina perguntou: "é pra lavar?", respondeu:

- Eu não! Se eu lavo, chove...

Ela deu risada, e não perguntou mais. Com isso, paramos de tomar chuva na hora de ir almoçar. Acabou a época do Imposto de Renda, e o papai ficou algumas semanas sem vir pra cá. Veio só ontem, e fez toda a rotina de sempre. Hoje, na hora do almoço, o encontramos na rua, e ele foi contando:

- O carro ficou lá no estacionamento para lavar, vamos ver se dessa vez vai!
- Bom, pai... pelo menos o tempo tem estado seco por aqui.
- É, eu falei para a menina: espero que dessa vez não chova. E ela me respondeu: olha, se chover hoje no seu carro, o senhor ganha uma lavagem grátis da próxima vez.

... E, adivinhem só???? Quando vier novamente pra São Paulo, papai não vai precisar pagar pra lavar o carro!!!! E, se alguém estiver com problema de seca em sua cidade, já sabe o que fazer, chame o meu pai...

domingo, maio 11, 2008

SER MÃE É...

... passar a semana inteira fingindo que não vê as filhas escondidas para fazer os seus presentes de dia das mães;
... ficar esperando ansiosamente pelo domingo, pra descobrir o que fizeram desta vez;
... ganhar um porta-trecos feito de garrafa de coca-cola que mal cabe em sua mesa, mas que você vai deixar lá atravancando, toda feliz;
... pensar em uma nova arrumação na gaveta do criado-mudo, que já está cheia com a coleção de bilhetes e cartões já ganhos em anos anteriores. E você, portanto, quebra a cabeça para saber o que dá para tirar de lá para caberem mais bilhetes e mais cartões.

SER UMA MÃE BLOGUEIRA É...
... após dizer às filhas que o maior presente de todos foi tê-las, ouvir da caçula que o bom de ser mãe é que elas ganham presentes em dois dias, no aniversário e no Dia das Mães, e que "depois você escreve isso lá no seu blog, né, mamãe?"

E SER MÃE E FILHA AO MESMO TEMPO, O QUE É?...
... é saber com toda a extensão o que é o amor da minha mãe, e ser a pessoa mais realizada do mundo por ser filha dela, uma mulher de 60 anos que até hoje carrega a alma de uma criança e me passou a mesma alegria de viver.

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E, neste Dia das Mães, não poderia deixar de colocar uma homenagem a uma amiga blogueira que já comemorou muitos e muitos dias das mães, não só por ser mãe, como também por ser avó, e bisavó, a querida Maith. No último dia 3, tivemos a felicidade de "materializá-la". Nos próximos dias, comento mais sobre o assunto (não o fiz ainda por falta de tempo de baixar as fotos aqui no computador...

quarta-feira, maio 07, 2008

- SIM, AINDA ESTOU VIVA!!!...

... mas devo confessar que a coisa anda preta em matéria de tempo. Nos primórdios do EEEPA, ainda no Blogger Brasil, eu era uma contabilista frustrada, com horário de trabalho, fins-de-semana livres e etc. Agora sou uma desenhista realizada, sem horários, fins-de-semana, etc. Sabem como é... ou não temos nada de trabalho, ou aparece tudo ao mesmo tempo. Enfim, eu JURO que assim que sobrar uma folga e cérebro faço todas as visitas que estou devendo, tanto aos amigos antigos como aos novos que têm passado por aqui.

Estava aqui pensando no que postar, e me lembrei que esqueci de fazer o repost da terceira parte das telefonices, para quem tem preguiça de procurar nos links. Lá vai, então, tal como foi postado na época, e com um pequeno update:

- TELEFONICES (3ª PARTE) -

Nos tempos atuais, é comum atendermos a três tipos de ligação:

- engano (geralmente por confusão de nossos [des]serviços);
- telemarketing;
- pedidos de doação.
* Update de 08/05: hoje eu diria que há um quarto tipo, os agradáveis telefonemas de cobrança. *

Engraçado, antigamente era mais comum recebermos ligações de trote. Volta e meia, acontecia lá em casa. Eu devia ter uns oito ou nove anos quando aprendi a atender ao telefone e, em uma das primeiras vezes, aconteceu:

- Alô???
- Alô, é do açougue?
- Não...
- Ué, eu pensei que estava falando com o bofe!!!

Pronto!!! Desliguei na cara do engraçadinho. Fui contar para a minha mãe, e ela caiu na gargalhada:

- LUUUUUU!!! Você desligou na cara do seu PAI!!!

OK. Além de ser péssima fisionomista, não reconheço com quem falo no telefone... Mas que culpa tenho eu do meu pai gostar de passar trote lá em casa???

domingo, abril 13, 2008

FAZENDO REGIME...

- Mãe! Quanto que você tem de altura?
- 1,67, Vanessa.
- Aaaahhh... por isso que a Juliana é maior que você, né?
- É... se ela está com 1,76, com certeza ela está mais alta que eu.
- Mas quando você terminar de emagrecer, você vai ficar mais alta, né, mãe?
- Não, Nê, eu vou continuar com a mesma altura, só vou ficar mais leve.
- Ah... é que eu pensei que a pessoa ficasse maior...
- Porque parece que a pessoa é mais comprida?
- Não!!! Porque quando a gente aperta uma coisa gorda, ela fica esticada!

segunda-feira, abril 07, 2008

TELEFONICES - PARTE 5

No episódio anterior, foi narrada a minha briga com a Dona Telesp com direito a gerundismo e tudo. Se você perdeu, é só descer o seu cursor para ler o post anterior que, é claro, se chama Telefonices 4. E vamos continar com a história!!!

Muito bem. Havia mudado o número da minha linha, sabia qual era ele e as pessoas conseguiam me achar. E enfim vivemos felizes para sempre? Na verdade, até a segunda-feira seguinte, perto de 8:00 da manhã, quando me toca o telefone:
- É do Bar Flamingo?
- Não, minha filha, não é daqui.

Desligou. Na minha cara. Alto altamente divertido pra se acontecer quando se está acordando.
8:30... o telefone toca de novo. Dessa vez, era voz de homem:
- Alô! Bar Flamigo? A que horas vocês abrem?
- Olha, moço, não faço a menor idéia.
- Mas como... semana passada eu liguei e vocês sabiam!!!
- É... mas acontece que o número mudou. Agora é residência.
- Ah, tá... - desligou. Mas sem acreditar muito no que eu estava falando.

Pois é. Lindo... O nosso tão sonhado número novinho em folha, que não constava da lista, era de segunda mão. E de um bar na região do Itaim. Aliás, pelo jeito, bem movimentado, já que nesse dia e nos seguintes continuaram ligando sem parar atrás do bar Flamingo. Quando já estávamos quase pensando em trocar de linha outra vez, finalmente a coisa sossegou. Não sei se foi feita uma divulgação do novo número, ou se o bar fechou por falta de freqüência, já que, aparentemente, todos os clientes ligavam antes aqui pra casa.

Até que, de uns meses pra cá, começamos a receber ligações estranhas...

- Alô!!! Dra.Maria Fernanda???
- Não tem ninguém com esse nome. Aliás, aqui é residência...
...

- Bom dia!!! Eu precisava levar umas amostras...
- Desculpe, mas eu acho que você ligou pra lugar errado.
...

- Oi!!! Eu queria falar com a Inês do laboratório!
- Olha, não é daqui...
- Mas aí não é o Banco de Sangue?
- Hmmm... não, aqui AINDA é residência. Apesar de que, em alguns momentos, se parecer mais com filial do hospício.
- Ok! HAHAHA...

Depois dessa, eu acessei a internet. E descobri que o que separa o meu telefone do telefone do Banco de Sangue é apenas um numerozinho de diferença; Mas pelo menos, da próxima vez que me ligarem, eu posso dizer:
- Bom dia! Se você quis falar com o hospício, ligou para o lugar certo. Se quis falar com o Banco de Sangue, então tente o outro número!

sábado, março 29, 2008

TELEFONICES (4ª PARTE)

Não, não adianta você procurar a 3ª parte dos posts sobre Telefonices aqui neste blog. Acontece que os dois primeiros foram reposts do meu primeiro EEEPA, e o terceiro ainda se encontra lá. Se tiver paciência para esperar, em breve eu reposto aqui. Se não estiver, então só resta passear lá pelo meu antigo endereço, onde ainda se encontram os arquivos dos primórdios de meus tempos de blogueira. Já falei sobre meu antigo celular. Sobre o primeiro telefone lá de casa, quando eu era criança. Sobre as ligações de trote que levávamos. Em outra ocasião, apesar de não ter nomeado o tópico de "Telefonice", narrei a perda de meu celular.

Mas a vida continua, e o assunto sempre rende novos posts.

A história abaixo começa depois de eu solicitar uma mudança de linha para a Telesp. Motivo? A dona antiga da linha havia dado um golpe na praça e volta e meia recebíamos telefonemas de ameaça, aqui em casa. O procedimento seria simples: você ligava para a Telesp. Solicitava a mudança. Após alguns dias, um atendente te retornava a ligação para avisar quando o número da linha seria trocado e qual seria o seu número novo. Mas é claro que, já que Murphy sempre impera nessas horas, tivemos dois probleminhas técnicos nessa mudança que me obrigaram a ligar pra Telesp pleno sábado de manhã...

- Telesp, bom dia. Em que podemos estar ajudando?
- Bom dia. Eu solicitei uma troca de linha. A mudança era pra acontecer na quinta-feira, só foi feita hoje, e ninguém consegue ligar pra cá. Nem no número antigo, nem no novo. Vocês poderiam verificar o que está acontecendo, por favor?
- Um minuto... qual o nome completo do assinante?
Informei o nome do Vagner.
- Qual o antigo número da linha?
Informei o antigo número da linha.
- Qual o novo número da linha?
- E eu vou saber, minha filha???? Se é justamente por isso que eu liguei!!! Sei que o número que DEVERIA SER esse (disse o número), mas foi feita a mudança e ninguém consegue me achar! Você poderia me informar se o número está certo, por favor???
- Desculpe, mas não vou poder estar informando esse número.
- Como não????????
- Não vou poder estar informando porque a pessoa que ligou solicitando essa mudança pediu para não estar informando esse número.
- Sim, mas a pessoa que ligou solicitando essa mudança fui eu!
- Mas nós não podemos estar informando, você vai ter que estar ligando na segunda-feira para o nosso número de informações para estar solicitando que estejam te enviando essa informação.
- PÉRA... então VOCÊS mudam a minha linha num SÁBADO, sendo que era pra ser durante a semana, mudam para um número que EU NÃO SEI QUAL É e me informam que só daqui a DOIS DIAS eu posso descobrir qual é o número da minha linha, porque vocês não podem me informar já que EU MESMA solicitei que não era pra informar pra ninguém??? É ISSO?????
- Sim, infelizmente eu não vou estar podendo fazer nada.
- NÃO VAI ESTAR PODENDO FAZER NADA PORRA NENHUMA!!!! PORQUE SE ESTIVER ACONTECENDO DE EU NÃO ESTAR RECEBENDO ALGUMA LIGAÇÃO DE EMERGÊNCIA PORQUE NINGUÉM SABE O NÚMERO DO MEU PRÓPRIO TELEFONE, EU VOU ESTAR PROCESSANDO VOCÊS!!!!!!!
- Ah, um minuto, que vou estar tentando passar para outro departamento.
Passam-se alguns minutos. E volta uma voz de homem:
- Pois não?
- Olha, é o seguinte: eu gostaria de descobrir qual o telefone da minha própria casa, porque vocês não querem me informar, já que solicitei que o número não constasse da lista, ele era assim (disse o número) e me foi informado que seria mudado para esse... - comecei a dizer o número novo e fui interrompida:
- Ah, é aí que está errado. Não é 44, é 48...

Argh... problema resolvido? Não. Porque, após finalmente descobrir o número novo aqui de casa, ainda restava ligar para toda a minha lista de amigos e parentes para avisar. Ah, eu não sabia ainda, mas COMO fazia falta não existir internet para simplesmente mandar um e-mail...

E quanto à linha nova???? Bem... continua no próximo post.

UPDATE DE 31/03 (respondendo ao comentário da Luma): essa história descrita acima aconteceu em 1900 pré-celulares e identificadores de chamada. Portanto, só dependendo da Telesp, que nem privatizada tinha sido ainda...

sexta-feira, março 14, 2008

MOMENTO FOTOGRÁFICO DA FAMÍLIA EEEPA...

OOOOOOOOH NÃÃÃO!!!! O PEIXINHO MORREU?????
... NÃÃÃÃO... ELE SÓ ESTÁ DORMINDO!!!

Afinal, em casa de doidos até os peixes têm que ser bizarros... E assim, apresento vocês ao Eddie Fish, nosso Botia Palhaço que, além de gostar de dar uma morridinha na hora de dormir, também tem como passatempo enterrar caracóis na areia para depois comer...

sábado, março 08, 2008

MULHERES DA MINHA FAMÍLIA

Tia Lucília. Irmã de meu bisavô. Esquisita toda a vida, chegava na casa dos outros dizendo: "Estou chegando, mas já estou indo embora. Posso tomar um pouco da sua água?" A bolsa ficava sempre debaixo do seu braço, "para não ter perigo de alguém roubar". E sempre com a etiqueta da loja, porque afinal ela nunca sabia se um dia iria devolver a bolsa ou não. Tia Lucília, nascida ainda no século XIX, se formou professora, em uma época em que poucas mulheres estudavam. E sempre esteve disposta a custear os estudos dos parentes que não tinham condições financeiras para tal.

A história da minha família é toda assim, formada de mulheres excêntricas e ao mesmo tempo de fibra. As que foram donas-de-casa, sempre deram retarguada para que a família pudesse crescer, como a minha bisavó Carolina que, apesar de analfabeta (meu trisavô italiano não a deixou aprender a ler para não ter perigo de receber carta de amor), criou muito bem os seus seis filhos, incluindo a minha avó Amélia, que sempre cuidou da administração da casa de meu avô e cantava que Amélia era mulher de verdade. Ou a minha bisavó Núncia, que ajudou a segurar a família quando o marido perdeu toda a fortuna das fazendas de café. Bisavó dos santinhos, tinha um para cada filho, e uma Nossa Senhora que ficou gasta de tanto ser rezada na revolução de 32, quando os três filhos homens foram lutar. Todos voltaram. Essa minha bisavó uma vez deu uma bronca na mamãe por causa de sua minissaia. Segundo ela, estava muito comprida, onde já se viu usar saia na altura do joelho se todo mundo usava mais curta? Ou ainda a minha avó Lucy, de todas a mulher mais organizada que eu vi na vida, que às dez da manhã já estava com a casa toda arrumada e de batom na boca. Ela foi a avó dos provérbios, como "Quem usa, cuida" ou "se você só tiver que falar mal de alguém, então não fale!"

Minha mãe é um capítulo a parte. Eterna moleca, que nos faz rir a qualquer momento. Mulher que para pensar precisa falar antes e troca tudo. Que, quando o meu pai precisou de ajuda, trocou a profissão que exercia pela contabilidade, e aos quase 40 anos voltou pra escola para se formar contadora. Para fazer dupla com ela, só mesmo a minha sogra, Gil, que veio da Bahia aos 16 anos e conseguiu sustentar os três filhos costurando pra fora. Fala o que está pensando, e é dona de uma gargalhada única, que consegue desbancar até a da minha mãe. E, contrariando clichês sobre sogras de filhos, as duas se deram sempre muito bem.

Essas são algumas mulheres que fizeram de mim e de minhas filhas o que somos hoje. Mulheres brasileiras, que lutaram e ainda lutam por um futuro melhor. No dia de hoje, nesse movimento pela valorização da mulher brasileira, o meu primeiro pensamento é para elas...

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O EEEPA hoje está participando do MEME "Pela valorização da Mulher Brasileira", tema proposto pela Meire e pela Lys. Também estarei participando no meu outro blog, o "Cantorias".

domingo, fevereiro 24, 2008

FRASES DE JULIANA ATRAVÉS DOS TEMPOS...

...aos 3 anos:
- Na Páscoa a gente "compa" ovo pro "Coêio", né mamãe???
- Peraí, Juliana. Mas quem é que compra o ovo: a gente ou o coelho?
- A gente, ORA!!! "Coêio" não "compa" ovo!!! "Coêio" não tem mão, ele tem pata só pra pular!!!

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...aos 4 anos (em frente a um terreno baldio):

- Sabe, pai, aquela casa não teve muita sorte...
- Por quê?
- Porque ela acabou sendo destruída!!!

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...aos 5 anos, quando perguntaram se ela gostou das capas novas dos sofás da sala:

- Sim! O papai vestiu eles de FRONHA...

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...aos 6 anos, montando um quebra-cabeças no quarto com a amiguinha Bia, enquanto a Vanessinha, bebê, anda perto delas:

BEATRIZ: - Ju, a Vanessa não come as peças?
JULIANA: - Não, Bia, só se você falar que é biscoito!!!!

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...aos 7 anos:

- MÃÃÃÃE!!!!!! Ônibus Sanfona toca música???

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...aos 8 anos (após assistir a um documentário sobre tigres siberianos na TV):

- Mãe, o tigre branco é aquele que não ficou laranja.

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...aos 9 anos:

- Mãe, hoje a gente fez desenho com carvão na aula de artes, sabe, mas a Catarina teve que trocar o carvão dela porque a gente achou que ia pegar fogo...

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...aos 10 anos:

Pessoas são bichos que falam, andam. Ia falar que eles pensam também, mas todo mundo pensa e na minha opinião as pessoas são meio burras porque a minha professora disse que o ser humano só usa 1/3 da capacidade do cérebro...

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...aos 11 anos:

"Os pardais usam a Natureza como banheiro. Já as pombas, preferem usar as nossas cabeças..."

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...aos 12 anos (me explicando porque chegou toda ofegante da escola):

- É que a gente TEVE que fugir, mãe!!!
- COMO, fugir??? De quem????
- Do Mateus da minha classe! É que ele ficou falando que o João Vítor queria ficar comigo.
- E você não quer saber disso, Ju?
- EU NÃO!!! Ainda tenho muito tempo pra pensar nessas coisas, mãe! E além disso, os meninos da minha classe são todos meio assim, sabe?
- Meio assim como?
- Ah... Assim... meio chatos!!!!

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Hoje a nossa Juliana está completando 13 anos. A bebezinha se transformou em moça. Companheira e piadista como todos da família. Infelizmente, o seu humor atualmente se tornou mais visual, e ainda não descobri uma forma de transformá-lo em posts... mas, enquanto não monto novas histórias sobre a nossa mais velha, deixo pra ela um grande beijo. TE AMO, QUERIDA!!!!!!!!!!

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

VÓ AMÉLIA

O post de hoje é uma homenagem à minha avó paterna, que há um ano partiu daqui para ir perder as chaves de São Pedro lá em cima. Porque se há coisa que a Vó Amélia sempre teve mania foi de chave, ela andava com uma coleção pendurada na cintura, e outra maior ainda guardada na gaveta, tanto que brincávamos que ela tinha todas as chaves do portão do céu.

Vovó também era ecologista. E isso bem antes de se falar em ecologia. Ela sempre amou bichos e, quando se mudou para o sítio, no início da década de 70, proibiu a caça lá dentro. E ai se ela achasse alguma arapuca, virava uma fera!!! Quanto à pesca no lago, ela só era permitida fora da época de desova dos peixes e, ainda assim, com um limite de peixes. E isso se enquadrava também aos filhos, claro. Ou mais precisamente ao meu pai, que sempre dava um jeito de pescar mais de um peixe, na época permitida. E como a Vó Amélia sabia disso, sempre que via o papai pegar varas e anzóis, ela dava um jeito de ficar de olho nele, e ele por sua vez tinha que imaginar uma forma nova de burlar a vigilância. A regra era trazer somente um peixe para casa? Tudo bem!!! Ele levava um, e os outros ficavam escondidos em um balde com água, em algum canto obscuro. De madrugada, o balde era contrabandeado para cima da geladeira da cozinha, e ficava lá enquanto o meu pai limpava calmamente o seu peixinho. Lá pelas tantas, a minha avó aparecia:
- Foi esse o que você pescou, Zé?
- Claro, mãe, claro...
- Não pegou mais nenhum???
- EEEEEEEU??? - (cara de anjinho barroco) - Claro que não, mãe, só posso pescar um!!!!
- Hmmmm... isso mesmo... ué, você não está ouvindo um barulho, Zé???
- Barulho????? EU NÃO!!!!
- Como não??? Parece que vem do lado da geladeira, é um barulho de coisa batendo e... - (um dos peixes do balde estrategicamente escondido em cima da geladeira, após se debater MUITO, conseguiu virar o balde com água e tudo, caindo, claro, no pé da minha avó) - ...O QUE QUE É ISSO, ZÉ?????? SEU BANDIIIIIIIDO!!!!!! O que esse peixe estava fazendo em cima da geladeira?
- Não sei, mãe... será que ele foi nadando???

...E nunca mais que o meu pai conseguiu pescar mais de um peixe. Dona Amélia, fiscal oficial do Sítio Três Marias, sempre estava de olho. Tanto perto do lago, como na geladeira!!!

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

LUCIANA E OS ESPORTES...

Sabem aquela pessoa completamente descoordenada para qualquer tipo de esporte, incluindo bolinha de gude, peteca ou uma simples corrida? Aquele ser que não consegue conceber como alguém consegue acertar uma bolinha em uma mesa com uma raquetinha e ainda jogar contra uma outra? Aquele ser que pra conseguir jogar uma bola pra frente em uma roda de vôlei precisa virar de costas? Pois é. Era eu. Diria que, como esportista, eu sempre fui uma ótima desenhista. Não sei correr. Não sei andar de patins. Não sei andar de bicicleta. Não sei pular corda. E não foi por falta de tentativa, para alegria e divertimento de amigos e familiares. Até hoje me lembram da cena famosa de eu tentando me equilibrar em cima de oito rodinhas de patins em um parque e berrando:

- Onde que fica o freio desse troooooooooooooooçoooooooooooooooooooo.... (cataploft)

O meu oposto em relação aos esportes sempre foi a minha prima Maria Paula, 19 dias mais velha que eu, que sempre teve jeito para tudo e nunca se conformou de eu não ter jeito pra nada. E foi assim que um belo dia, lá pelos nossos 14 anos, ela cismou de me ensinar a andar de motocicleta:
- Vamos, Lu!!! É facinho!!! Eu vou sentada na garupa da moto e você me leva!
- Hmmmm.... mas você tem certeza, Má???
- Claaaaaaaro! ATÉ VOCÊ consegue.
- Bom, se é assim... mas você sabe que eu...
- LU!!! Vamos!!! É fácil!!! Eu vou sentada na garupa! Vamos, segure o acelerador.
- Onde que é o acelerador?
- É aí onde você está pondo a mão.... não.... nããããããão.... NÃÃÃÃÃOOOOOOOO!!!!
Bom, foi nesse momento que, após andar meio centímetro eu virei a moto (que era daquelas pequeninas, ainda bem) e, num lance de uma completa inteligência, ainda tentei segurar todo o peso com o pé. Derrubei motocicleta e Maria Paula em cima do meu pé. Minha prima só então lembrou-se do detalhe de que, para se aprender a andar numa motocicleta é preciso antes saber se equilibrar em cima de uma bicicleta. Mas até que foi bacana, porque nas três semanas seguintes, quando vinham perguntar na escola por que eu estava com o pé engessado, eu fazia cara de importante e só respondia:

- Acidente de moto...

terça-feira, fevereiro 05, 2008

VANESSA, A SOLÍCITA

CENA: esta que vos escreve está sentada à mesa do computador. Vanessinha se aproxima, toda sorrisos:

- Mãe, você quer alguma coisa?
- Agora não, Nê, obrigada.
- Mas você tem CERTEZA?
- Bom, acho que eu tenho, né?
- Mas certeza MEEEEESMO?
- Bom, certeza eu tinha, mas se você faz questão... não quer pegar um copo de água pra mim?
- Claro!!!! - ela vai aos pulos pra cozinha e me volta trazendo a água (graças a Deus dessa vez não aos pulos) - MÃE!!! Se você quiser mais alguma coisa você me avisa???
- Aviso, Vanessa. Mas por que você quer tanto me servir, virou gênio da lâmpada?
- Não, mãe, é que eu estou de chinelo verde.
- Hmmmm?????????????????
- SIM, MÃE!!! Acontece que eu decidi que cada cor de sandália que eu uso aqui no sítio me deixa com um temperamento diferente, sabe? Então... com o verde eu fico elétrica e gosto de ajudar, com o branco eu fico alegre, com o bege eu fico séria e com o da Hello Kitty eu gosto de ler...

Eu JURO que há horas em que eu me pergunto se essa minha filha caçula existe...

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

LINDA E ANTIGA CENA FAMILIAR (repost)

Essa história se passou há quase 60 anos. Já foi contada e recontada e se tornou um clássico em nossa família. Repasso para vocês...

Entre a casa do avô de Zé Francisco e a vizinha, onde morava o primo, Zé Carlos, havia um muro alto. A diversão dos meninos era se colocarem cada um de um lado do muro, para jogar bola. Ficavam assim a tarde inteira.

- Joga a bola!!!- gritava Zé Carlos. E o Zé Francisco jogava a bola.
- Cabeceia!!!- gritava o Zé Francisco. E o Zé Carlos cabeceava a a bola.
- Joga a bola!!!- gritava Zé Carlos. E o Zé Francisco jogava a bola.
- Cabeceia!!!- gritava o Zé Francisco. E o Zé Carlos cabeceava a a bola.
- Joga a bola!!!- gritava Zé Carlos. E o Zé Francisco jogava a bola.
- Cabeceia!!!- gritava o Zé Francisco. E o Zé Carlos cabeceava a a bola.
- Joga a bola!!!- gritava Zé Carlos.
- Cabeceia!!!- gritava o Zé Francisco enquanto devolvia um tijolo no lugar da bola.

E por essa razão Zé Carlos tem até hoje a cicatriz no meio da testa e sempre faz questão de lembrar ao primo Zé Francisco, que por acaso é o meu pai, que não se lembra mas com certeza deve ter ficado num belo de um castigo...

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Atenção: DICA DE UTILIDADE PÚBLICA


- Lição IMPORTANTÍSSIMA de Culinária do EEEPA:

"SE O SEU FORNO DE MICROONDAS ESTÁ EM TILT, NUNCA, MAS NUNCA AMEACE TROCÁ-LO POR UM NOVO NA FRENTE DO SEU MIXER. ELE PODE SE SOLIDARIZAR E PARAR DE FUNCIONAR TAMBÉM."

* E é por isso que, após 13 longos anos, esta pobre mãe voltará à era de ralar as suas cenouras manualmente... *

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- UPDATE DE 25/01:

Comentário postado pela minha mãe no dia de hoje:
"Filha querida, se você tiver me "puxado", daqui para frente vai ter cenoura temperada com sangue do seu dedo. Em quase 39 anos de casada, nunca consegui ralar cenoura sem me machucar.
Boa sorte!!!!!!!"

Digam a verdade: é uma pena que ela seja a única da família que ainda não tem um blog...

domingo, janeiro 13, 2008

HISTÓRIAS DE FAMÍLIA...

Vó Lucy era a mãe da minha mãe. E eu acredito que, se ainda estivesse viva, seria uma blogueira bem ativa, já que sempre gostou de novidades. Tanto que não deixava a mamãe chamá-la de "senhora", dizia que "você" era bem mais carinhoso. Isso tudo no início da década de 50. Uma vez alguém perguntou a ela se esse tipo de tratamento não era desrespeitoso, e a minha avó prontamente respondeu:

- Eu não acho... veja bem, eu já ouvi filho dizer: "mãe, a senhora é uma idiota". Então usando o senhora ele foi mais respeitoso???

(por aí acho que dá pra começar a explicar PORQUE a minha família é toda meio assim...)

sexta-feira, janeiro 04, 2008

VANESSA BUCÓLICA

- Mãe!!!! Você prende o meu cabelo??? Eu já trouxe o elástico, viu????
Olho para o elástico, verde limão. A Vanessa está com um vestido branco, de flores azuis e vermelhas. E chinelo verde limão no pé:
- O elástico é pra combinar com o seu chinelo, Nessinha???
- Claro, né, mãe??? Sabe, é que como a gente está aqui no sítio, hoje eu resolvi me vestir com as cores da Natureza: verde para as folhas das árvores... branco e vermelho para as flores... azul também pras flores e borboletas, mas também o azul é para as águas dos mares...
- Que mares, Vanessa??? Aqui é sítio, só tem lago e piscina!!!
- Eu sei, né, mãe!!! Mas acontece que mares também são natureza, ORA!!!