sexta-feira, dezembro 31, 2010

As manhãs do Professor J.F.!!!

Sim!!! Eu SEI que estou devendo mais casos por aqui! Confesso que a preguiça anda grande: preciso remodelar esse meu canto, mas é mais fácil reorganizar os do resto da família que o meu. E, o pior, sempre que me lembro de alguma coisa pra contar, vai o meu papai blogueiro e conta, ou, pior, o nosso beagle blogueiro.

Mas ontem eu li uma postagem do meu pai tem contado lá no Blog do JF sobre os seus tempos de professor, em que ele contou sobre o pó de giz. E me lembrei então do trabalho que dava pra acordá-lo de manhã. Vou contar como que era, pra vocês sentirem o drama:

- Paiê, você precisa acordar.
Ele se senta na cama, olha pra minha cara e pergunta:
- Por quê?
- Porque você precisa ir dar aula.
- E por que eu preciso acordar agora?
- Porque a mamãe falou, ué.
- Ah, essa sua mãe é doida, mesmo. - ele disse isso, deitou-se novamente e no segundo seguinte já estava roncando. Eu esperei uns cinco minutos, voltei ao quarto e chamei:
- PAAAI!!! PAAAAI! Você precisa acordar! São sete horas!!!
E ele, pulando da cama:
- JÁ???? E você não me acordou??? Estou atrasado!!!!

Pois é. O meu pai, não contente de falar dormindo, abria os olhos, se sentava, e nos convencia por a mais b porque ele não precisava ser acordado. Ainda bem que eu já sabia disso e insistia. Mas de outra vez, QUASE que ele convenceu a mamãe. O colégio onde o papai dava aulas volta e meia promovia excursões entre os alunos, e os professores que não viajavam ganhavam uns dias de folga. E foi essa a desculpa que o meu pai deu uma certa manhã para não ser acordado pela mamãe. Ela voltou para a cozinha e continuou ajeitando as coisas para o café da manhã, quando se lembrou de um pequeno detalhe, e voltou para o quarto:
- Benhê... beeeenhêêêêê... escuta... você não precisa MESMO ir pra aula? Mas não teve excursão há duas semanas, essa é outra?
- Excursão???? Que excursão???? Que horas são? Eu não posso atrasar, hoje eu tenho que passar uma prova!!!

Ainda bem que os alunos nunca souberam dos sonambulismos de seu professor. Ou choveriam telefonemas lá para casa com avisos de excursões em véspera de prova...

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Um feliz 2011 pra todos vocês!!!!!

terça-feira, novembro 30, 2010

Da sessão: "Sim, eu JURO que ouvi isso!!!"

Aqui em casa, em época de aulas, o nosso despertador é a televisão. Ela liga ainda quando passa os telecursos, mas começamos a levantar com o jornal rural.

Quando acordei, hoje, estavam passando uma matéria sobre um festival rural de não-sei-quê lá na Bahia. O repórter é chamado e me vem com a seguinte pérola:

- Pessoal, não estranhem o fato de aqui ainda estar escuro, é que na Bahia não tem horário de verão.

Levantei aqui em São Paulo, no escuro, às gargalhadas. Tenho que mandar um e-mail para o Governo pra que eles, por favor, no próximo horário de verão, solicitem ao sol que ele se levante uma hora mais cedo. Ou que atrase uma hora lá na Bahia, pra que fique mais claro logo cedo...

quarta-feira, maio 05, 2010

AH, NOS MEUS TEMPOS DE ESCOLA....

Estava aqui pensando que nunca cheguei a compartilhar minhas experiências escolares com vocês. Eu, basicamente, fui uma boa aluna, pois era medrosa demais para aprontar. Mas não deixava de me divertir com o que acontecia em sala de aula.

Essa aconteceu em 1985. Estávamos no 1º Colegial e a nossa turma era daquelas que aprontavam direto. Naquele ano, estudávamos em uma sala num canto do corredor: a porta era no fundo e dava para uma espécie de "hallzinho" de entrada e, para se chegar na mesa do professor, era preciso dar a volta por metade da sala. Um detalhe importante: em determinados pontos dessa sala, mal dava para ver a porta.

E foi exatamente por esse motivo que um colega nosso, que não havia estudado nada para a prova de Geografia, resolveu dar um jeito no assunto: ele esperou todo mundo entrar na sala, incluindo a professora, trancou a porta, embrulhou a chave num papel e jogou pela janela. E foi se sentar lá no fundo, quietinho.

A prova se desenrolou normalmente, até que o primeiro aluno terminou, a entregou para a professora e foi tentar sair da sala:

- Hmmmm... professora... a porta não quer abrir!
- COMO não quer abrir? Claro que a porta abre! Espere que daqui a pouco alguém te ajuda a abrir.

Nisso, outro aluno havia terminado a prova. Ele entregou, foi tentar ajudar, e constatou:

- Professora, a porta está trancada!
- Mas então destranque!
- Não dá... não tem a chave!!!!

Aí foi um desespero total! Nós, por um lado, aflitos por estarmos trancados justo com a professora de Geografia. Ela, por sua vez, desesperada por estar trancada justo com a nossa turma. Quanto ao nosso colega que trancou a sala, esse pôde colar tranqüilamente, no meio da bagunça que ficou.

Lá pelas tantas, com mais de metade da classe tendo terminado a prova, e boa parte do povo fazendo a maior algazarra para chamar alguém pra abrir a porta, finalmente chegou o diretor com a chave, para nos destrancar lá de dentro. E a bronca foi bem grande. Não me lembro se chegou a haver advertência, mas lembro de haver um comentário parecido com "só poderia acontecer com vocês..."

sexta-feira, abril 02, 2010

DIÁLOGO NAS ALTURAS

Há uns dois sábados, a minha pia estava assim... digamos... com uma baguncinha básica. Sabem como é: família sem empregada, pai fazendo um serviço fora de casa, a mãe fazendo um trabalho em casa, mas daqueles com prazo de entrega pra anteontem de madrugada. Enfim, a louça por lavar acumulou de um dia para o outro e, sendo assim, escalei as meninas para um pequeno mutirão para colocar a cozinha em ordem: enquanto eu lavava, elas secavam e guardavam tudo. Enquanto isso, conversávamos:

EU: - Ju, você consegue guardar aquela tigela no armário lá de cima?
JU: - Consigo, mãe.
NÊ: - É, mas eu ainda não consigo alcançar aquele armário né, mãe?
EU: - Não, Vanessa, mas você está quase da minha altura e muito em breve eu vou ser a baixinha da casa e não vou precisar mais usar somente o seu pai como "escada".
JU: - EI!!!! Quer dizer então que você vai se aproveitar da nossa altura toda para nos explorar pra colocar as coisas nos armários?
EU: - Claaaaaro!!! Afinal, já que eu vou ser a mais baixa da casa, nada mais justo que eu aproveite das vantagens de ter três mais altos que eu por aqui pra eu não precisar usar escada!
NÊ: - É, Ju... já vi que ser alto tem seus pontos baixos...

quinta-feira, março 25, 2010

O BOTÃO DE PACIÊNCIA

Essa história surgiu durante os meus meses de senzala, ano passado. Stress puro, todo dia, das 13:00 às 22:00. E em um dia particularmente cansativo, numa conversa com o rapaz que trabalhava ao meu lado, comentamos o quanto seria bom se existisse em cada um de nós um botão de paciência, que seria ajustado em vários módulos, que variariam de "Rambo" a "Dalai Lama". No caso, o módulo "Rambo" seria para aqueles momentos agradáveis em que você tem que tomar atitudes extremas, como com aquele operador de telemarketing que liga pra sua casa às oito da manhã de um domingo te empurrando um seguro de vida do seu banco, onde só "estará sendo" cobrado de você o módico valor de R$34,99 por mês. No outro extremo, o módulo de paciência "Dalai Lama" seria para te deixar bem zen, mesmo se explodisse o seu local de trabalho ou o seu chefe achasse defeito em uma cena que você checou dez vezes e sabe que está perfeita.

Confesso que muitas vezes eu procurei ajustar o meu botão de paciência no módulo "Dalai Lama". E funcionou razoavelmente bem. Mesmo quando saía da senzala e, depois de conseguir pegar no sono de madrugada, sonhava com todo o trabalho que tinha feito. Aliás, o módulo "Dalai Lama" funcionou tão bem que uma bela noite, após as meninas terem ido dormir às dez da noite, finalmente eu estava relaxada a ponto de, junto com o maridão, encostar a cabeça no travesseiro e apagar para uma bela noite de sono antes das onze... até ser acordada à 1:30 da madrugada pelo toque do meu interfone e ouvir do meu porteiro que a minha querida vizinha estava reclamando do barulho daqui de casa. Pra quê? O meu botão da paciência quebrou, saltou do módulo "Dalai Lama" para um novo chamado "Jack, o Estripador". Eu pedi que meu porteiro interfonasse de volta à minha vizinha e... bem... acho que atrapalhei o almoço dos japoneses lá em Tóquio com os meus gritos.

Mas, pelo menos, a quebra do meu botão da paciência serviu para alguma coisa. Foi motivo de conversa entre os porteiros, que em 14 anos nunca haviam visto a "Dona Luciana" ficar nervosa , e também serviu para a minha vizinha ficar mansa por alguns meses.

Por essas e outras que, depois das vassouradas no meu chão na semana passada, espero, mas espero MESMO não ser acordada outra vez por conta de barulho que não fiz. Pois da próxima vez meu botão da paciência é capaz de passar para a modalidade "Átila, o Huno". E aí vão ouvir os meus gritos até da Estação Espacial Internacional...

sexta-feira, março 19, 2010

MINI-POST

Esta madrugada aquela vizinha de baixo que há uns tempos passou quatro meses reformando o apartamento com uma furadeira marretou outra vez o meu chão com um cabo de vassoura para reclamar de barulhos que não estávamos fazendo.

Já ignorei. Já briguei. Nada adiantou. Vou partir para a ignorância e comprar tamancos holandeses pra sapatear no teto da minha vizinha da próxima vez que ela vassourar o meu teto.

Assim, pelo menos, ela poderá reclamar com motivo...

sábado, março 13, 2010

O TEMPO E O VENTO - versão 2010

(já pedindo permissão ao grande Erico Verissimo...)

Bibiana Terra era uma linda solteira até o dia em que o Capitão Rodrigo Cambará chegou no pedaço. Todos os dias ele cantava no ouvido dela, se exibia, fazia cafunezinho... até que a Bibiana não resistiu e eles acabaram consumando o seu amor. Que, com o tempo, acabou gerando três lindos frutos: Bolívar, Maria Valéria e Clarissa.

E assim, a família Terra-Cambará foi vivendo os seus dias, que foram relativamente felizes até o Bolívar atingir a idade adulta, quando então desenvolveu um verdadeiro complexo de Édipo e passou a paquerar a mãe. Sim, gente, porque nesta versão do romance, a paixão de Bolívar por Bibiana corre solta! Ele virou um galanteador igual ao pai e não pode ver a mãe sair para passear que já via pra cima dela, com olhares lascivos. E canta para ela... e dança... e tenta fazer cafunezinho... Mas Bibiana Terra-Cambará é fiel, ela só tem olhos para o seu marido, Capitão Rodrigo, que de vez em quando se enche das cantorias e investidas de seu filho e o expulsa a bicadas de cima da prateleira.

Pois é. O certo seria, nessa altura do campeonato, eu arrumar uma companheirinha para o Bolívar, aí talvez quem sabe ele deixasse de paquerar a mãe. Mas já tenho cinco calopsitas num apartamento de 72m2, se arrumar mais uma, é capaz do maridão me atirar do 17º andar com gaiolas e tudo.

Mas já decidi: num futuro, procurarei romances com personagens menos galanteadores para "batizar" meus pássaros...

segunda-feira, março 01, 2010

VOLTANDO PRA CASA...

Pois é. O tempo passa, este blog ficou praticamente às moscas e, de todas as mudanças que aconteceram nesse período, acho que a mais drástica se deu com as minhas filhas. Lá nos primórdios do EEEPA, eu tinha duas crianças. Agora, tenho uma adolescente e outra que pretende ser. Até o ano passado, ambas estudavam na mesma escola, aqui perto de casa, e já iam sem acompanhamento dos pais, mas, neste último ano, a Juliana passou a pegar ônibus para cursar o Ensino Médio em seu novo colégio, o que nos deixou com a incumbência de começar a treinar a Vanessa para voltar sozinha para casa.

Quem já passou por essa adaptação com os filhos, sabe como é. Quem ainda não passou, deve se lembrar de como foi quando chegou nessa fase: a cada dia os pais combinam de se encontrar com seus filhos em um ponto diferente, até que se sintam seguros de libertar seus rebentos de baixo de suas asas e os deixem soltos por aí. Foi assim aqui em casa com a Juliana, e tem sido assim com a nossa caçula. Nos primeiros dias, eu a pegava no portão da escola, mas depois comecei a combinar com ela os novos pontos de encontro:

- E aí, Vanessa, onde você quer que eu te encontre hoje? Na esquina de escola?
- Não, mãe... ainda é longe.
- E onde que você quer então?
- Ah! Pode ser encostada no muro da escola, no meio do caminho entre o portão e a esquina?
- Tá bom.

Uns dois dias depois a própria Vanessa me pediu:
- Mãe!!! Não precisa mais me esperar no meio do caminho, agora pode ser na esquina, viu?
- Tá.

E continuamos assim: a cada dia eu perguntava, e o nosso ponto de encontro foi mudando: pra esquina do outro lado da rua do muro da escola, depois a esquina já mais longe da escola... no meio da calçada entre essa esquina e a outra esquina... Até que hoje, finalmente, eu a vi atravessar em segurança a rua mais movimentada que tem para chegar aqui em casa. Eu estava no meio da calçada entre essa rua e a minha, e perguntei:

- E aí, Vanessa, continuo te esperando aqui ou você quer me encontrar mais longe?
- Já pode ser um pouquinho mais longe, mãe.
- Esse pouquinho mais longe é na esquina daqui de casa?
- Não, mãe! Pode ser mais longe ainda!!!
- Ué, mas o ponto mais longe ainda que resta então é eu ficar dentro de casa e te esperar lá!
- Isso mesmo, mãe! Eu quero que você me encontre em casa!!!

Minha caçulinha está crescendo...

domingo, fevereiro 14, 2010

... ENQUANTO ISSO, NO CARNAVAL...

Repórter da TV, naquele clima animado de dia de desfile, resolve entrevistar ex-BBB que vai sair como madrinha de bateria em uma Escola de Samba.

REPÓRTER: - E aí, animada com o Carnaval de São Paulo?
EX-BBB: - Tô! Muito!
REPÓRTER: - É a segunda vez que você vai sair desfilando. Está gostando?
EX-BBB: - Sim! O bom da segunda vez é que agora eu sei o caminho!

...