sexta-feira, junho 29, 2007

NA LAJE...

Este post é uma homenagem ao meu irmão, que finalmente resolveu voltar a blogar. Onde? Em um espaço chamado "Na laje", claro...

Nós morávamos próximos ao centro de São Paulo. Prédio antigo, sem playground na parte de baixo, mas uma laje muito bacana na parte de cima. Era um terração, usado, entre outras coisas, para o pessoal tomar banho de sol, estender roupa ou, no caso do pessoal mais jovem, jogar vôlei, usando um dos varais que dividia a laje de uma ponta a outra como "rede". A nossa turminha era composta por: meu irmão e eu e outros dois casais de irmãos, um que morava no primeiro andar do nosso prédio e o último nossos amigos-irmãos de infância, que a cada dois sábados estavam lá em casa (no outro nós que íamos para a casa deles). Estávamos lá pelos idos de 1980 e meu irmão com franja na testa (*), início da era da geração de prata do Vôlei Brasileiro, então era meio natural que fosse o nosso jogo preferido.
Não sei se já falei aqui, mas sempre fui a clássica "a última na escolha dos times": aquela pessoa que, na aula de Educação física sempre ficava para o final e todo mundo brigava porque ninguém a queria no time. Pois bem. Era eu. Principalmente quando jogava vôlei. O meu saque sempre foi um troço ridículo e minhas manchetes só iam para a frente se eu me virasse de costas. É. Acho que já deu para vocês sentirem o drama. Mas os nossos amigos sempre foram muito dez e me deixavam jogar, na boa. Até nem perdiam a paciência com a minha total falta de jeito! Só davam risadas, mesmo.
Certo sábado à tarde, nos reunimos como sempre na nossa laje. Afastamos o lençol que alguém havia estendido no nosso varal-rede, para não sujar muito, nos dividimos em dois times e começamos a jogar. Fui pegar uma bola com a minha famosa manchete-de-costas e foi aí que aconteceu: em uma jogada com uma força surpreendente, tal qual um saque Jornada-nas-Estrelas, a minha bola voou voou voou e foi parar direto no terraço do prédio vizinho. E fez póim-póim-póim-póim no piche do cara que estava fazendo a impermeabilização da cobertura, e que tinha passado o dia todo alisando o concreto! E, como toda ação gera reação, nós, devidamente escondidos para não levar A BRONCA, vimos o cara ficar vermelho, pegar aquela coisa disforme e cheia de concreto, que há poucos minutos tinha sido uma bola, para então tacá-la doze andares abaixo, bem no meio da Avenida Nove de Julho.
E esse foi o fim de nossa aventura como jogadores no terraço. Não só pela perda da bola, mas por fim pelas reclamações quanto ao estado das roupas que ficavam penduradas lá.

(*) para quem não conhece o meu irmão, a sua área posterior da cabeça começou a ser desmatada lá pelo início dos anos 90. Segundo o nosso pai, o que o Adriano tinha na testa foi parar na barba.

14 comentários:

Anônimo disse...

Bá... Sou careca, mas isso me faz aero-dinâmico no volley HAH! Tiviragora cabelão!!!

bjs
a

Ciça Donner disse...

Pelamordedeus pequnea... tu tá querendo ver um peixecidio na sala da tua casa é? Compra outro macho pra esse aquario.

Eu nunca me atevi em nenhum esporte. Nas aulas de educacao fisica inventava log qualquer coisa e caia fora. Uma vez fui obrigada, essa é a palavra, a participar dos jogos do colegio. Nada que um vidro de Gutalax nao resolvesse, os atestados médicos nao colavam mais.

Anônimo disse...

Minha aptidão para o esporte não era muito diferente hehehehe Só deixavam eu entrar no time...porque eraaaa a donaaa da bolaaaa hehehehe, e se me xingassem...acabava o jogo e pronto kkkkkk. Muito Legal encontrar voce novamente Lu! Grande abraço!

Anônimo disse...

Poxa,LU,nem sei o que dizer.
Muito obrigado mesmo pela honra da indicação.
Não acho que o RAMSES seja maravilha alguma,mas...
Rsssss

Otimo fds a vc.

Beijão!!

Melissa disse...

Muito bom rever o seu blog, Luciana!
:)
Um beijo! E volte sempre que quiser!

Anônimo disse...

Tú é uma figura....rs
beijos Lu

Anônimo disse...

Que gostoso isso me faz lembrar meus tempos de solteira no terraço da minha cunhada ai mesmo em Sampa.
E verdade sempre tem gente querendo arrumar motivo para acabar com a festa. Pior que apesar de crescermos não perdemos a vontade de brincar não é?

Vou passar la no terraço.

E obrigado pela indicação, to rindo atoa.

Beijos!

SI

Elza disse...

Ahh, esse tempo da nossa vida é bom dmais, eu também costuma jogar volei hora na rua hora praia era tão bom!!!

Boa semana.
=]

Vivien Morgato : disse...

Luciana, vc era uma das últimas, mas pelo menos jogava...eu nem isso.Menina, morro de inveja de quem teve infância/adolescência com esportes, fui uma negação totallll.
beijos e to indo lá conhecer o brógui do seu irmão.;0)

Gilmara S. disse...

kkkk
Meu irmão tb chama Adriano e a apartir dos anos 90 o q ele tinha na testa tb foi parar na barba...e ele n se conforma...hahah
Q coinscidebcia!!!
Se der me add entre seus blogs... o meu ada paradão!
bjosss!!!

Vivien Morgato : disse...

Luciana, fui lá no yhoutube, mas não achei nada com os endereços que vc deu...agora to curiosa, ô!!!

Blog do Beagle disse...

Ao menos vc tentava jogar e se integrar. Valeu! Meus irmãos tb tiveram cabelos longo e esvoaçantes e, ambos, deixaram a barba crescer. Um deles tem carequinha de padre e é o mais novo. O mais velho não tem cabelos brancos apesar de tudo. Bjkª. Elza

LIRIS LETIERES disse...

Ent�o faltam apenas 10 anos...
Colega, v� se preparando , 18 anos � de lenhar!
Bom Blog!

LIRIS LETIERES disse...

Eita coinscidência da peste!!!!!!!
Minha filha tb é blogueira!!!
Ô povinho parecido esse das vésperas de São Pedro, hômi!
pletieres.blogspot.com
entra aí que vai ver a minha estudante de jornalismo e "escrevinhadeira"!
Bjin!