quinta-feira, outubro 27, 2016

ONTEM À NOITE

Há anos, temos o hábito de só abrir a porta com a chave quando não há ninguém em casa. O normal é tocarmos a campainha, pois é sempre mais gostoso ser recebido por nossos amados.

Normalmente quem abre a porta à noite para o Vagner sou eu, mas ontem a Vanessa estava ouvindo música na cozinha (por ser o lugar mais fresco do apartamento), e acabou recebendo o pai antes de mim. E já começou a conversa:

- Pai, eu estava pensando...
- O que, Vanessa?
- Que seria muito legal se o vinho suave, só se chamasse suavinho.
- Mas não dá. Esse nome fica com duplo sentido.
- Eu sei que fica, mas aí é mais legal ainda.
- Não é, Vanessa.
- É sim, pai! Você chega no restaurante e só pede: "eu quero um Suavinho". Já pensou???
- Já pensei que você não existe, mesmo.

Não importa. Seja aos 17 de agora ou aos 4 de antigamente. A Vanessa sempre vai ser inspirada.

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