Não demorou muito, e um dia flagramos a Juliana nas pontas dos pés, tentando controlar o mouse para ver se ligava o computador. E achamos que seria melhor ensinar como é que fazia, antes que a menina quebrasse alguma coisa. Com a condição de que poderia brincar com o "ussinho" no "putadô" em períodos curtos, e no colo de algum adulto. E, com isso, acabou me gerando um grande trauma: em uma tarde, com menos de dois anos de idade, ela conseguiu aprender a mexer com o mesmo mouse que eu, aos 25, levei uma semana pra aprender a mexer. Pra quem já nasceu digitando parece engraçado, mas pergunte pra qualquer um que nasceu no período A.I. (Antes de Informática) a dificuldade que era mexer com aquilo. Pra quem mexeu com Excel, então, a loucura de conseguir clicar no canto de uma célula e conseguir transformar o "X magrinho" em "X gordinho".
Mas voltemos à nossa história. Conforme a Ju foi crescendo, já não precisando mais do colo de um adulto para alcançar, a condição de uso, fora o limite de horário, era de que tivesse algum por perto. Sim, o "putadô", na época, ficava na sala e, para alegria de nossa filha, as bancas de jornais começaram a oferecer DVDs com jogos para colorir, e ainda por cima do "Adíneis" (Walt Disney). Ela, então, já tinha uns três anos e pouco e se sentia "A Grande" por saber escrever o próprio nome, ainda mais quando essa mãe que vos escreve a ensinou como procurar as letras no teclado do Mac para digitar antes de começar seus joguinhos.
E foi assim que uma bela tarde, mesmo com horários reduzidos e adultos por perto, o computador ficou sem som. O Vagner conectou cabo, desconectou, ligou, desligou... e nada. Saiu procurando em todo o sistema. E, depois de mais de uma hora, descobriu qual era o problema: no diretório de som, havia uma nova pasta (obviamente sem som), chamada "JULIANA". É claro que nós, meros adultos ignorantes em informática, não fazíamos ideia de como criar uma pasta dentro do diretório de som. E então, perguntamos como que ela havia feito aquilo, e ela prontamente respondeu:
- Ora, mãe! Você não falou que era pra escrever o meu nome sempre quando aparece o "pauzinho" lá no quadrado pra "se escrever"? Então, apareceu o pauzinho e eu "se escrevi" lá!
Sim. Até hoje continuamos sem saber como ela conseguiu a façanha...
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