quarta-feira, novembro 30, 2016

Aí você está escolhendo hortaliças no supermercado, quando de repente pensa em alguma frase divertida para o personagem do seu livro. E no momento seguinte percebe que todo mundo está te olhando porque você está sorrindo para as abobrinhas.

É. Vida de futura escritora pode ser complicada, às vezes.

quarta-feira, novembro 23, 2016

CURTINHA

E aí ontem nós precisamos dar uma fugida até o shopping. Na volta, cruzamos com uma mulher que dizia assim para a filhinha:

"Como é que você espera ganhar presente do Papai Noel se você faz questão de se sentar em seu colo para ficar chamando-o de muito chato?"

(Por essas e outras que adoramos fazer tudo o que podemos a pé.)

sexta-feira, novembro 18, 2016

LIGEIRAMENTE DISTRAÍDA - parte 4

Eu sozinha em casa. O telefone toca sem parar, e consigo atender no último segundo antes da linha cair. Era a minha mãe:

- Lu, estava ocupada fazendo trabalho?
- Não, manhê. Eu estava procurando o telefone sem fio.
- E onde que o telefone estava?
- Na base dele, carregando.
- Ih, Lu... desculpa, viu?
- Desculpar o que, mãe?
- Pela hereditariedade. Quanto mais velha, mais parecida você está comigo!

OBS: uma vez a mamãe não entrou em uma rua porque tinha placa de contra-mão. Ela estava a pé.

terça-feira, novembro 15, 2016

Às voltas com o meu livro, ontem resolvi consultar a Vanessa sobre a melhor forma de se tirar um canceriano de uma de suas crises. E ela me explicou:

- Mãe, você tem que entender que nós cancerianos saímos de uma crise sozinhos. Mas não pensando na existência. São coisas nada a ver que te tiram. Como às vezes você está em crise mas de repente pensa em coisas tipo células tronco e isso acaba te deixando muito feliz.

segunda-feira, novembro 14, 2016

Aí você está em uma loja, quando começa a tocar a música do Plantão da Globo.

E você automaticamente dá um pulo e procura onde está a TV ligada pra saber que tragédia aconteceu agora e descobre que é o toque do celular de um cara.

Sério. Determinadas coisas deveriam ser proibidas.

domingo, novembro 13, 2016

Medos bizarros e irracionais de uma mulher de 46 anos

1- Corredor de ovo de páscoa;
2- Descer esteira rolante de hipermercado (principalmente se for a de um Carrefour aqui da região que termina de frente para uma parede).

sexta-feira, novembro 11, 2016

CORRETOR

Enquanto eu trabalho em um livro, maridão tenta mandar uma mensagem de aniversário para uma amiga lá de fora, através do celular.

Ele quer digitar "Happy Birthday"

E o celular já corrigiu, primeiro para "balouçar borracha", e agora para "Happy Borracha".

Da forma como está indo, daqui a uns cinco minutos ele consegue mandar esses parabéns.

quinta-feira, novembro 10, 2016

TÁ NA MINHA AGENDA

Há alguns anos, tive a brilhante ideia de mudar os nomes dos contatos de minha agenda por apelidos que só me lembrassem a quem eu me referia.

Acabei desistindo, porque é claro que acabei me esquecendo das associações que fiz na hora de montar a agenda e cada vez que precisava ligar para alguém tinha que ficar uma meia hora para ligar nome a apelido.

Fiquei meses, por exemplo, para descobrir quem raios era o contato apelidado como "Portuga". Para me lembrar que foi o apelido que dei para o telefone que fica na Portaria do meu prédio - pra onde nunca liguei.

E é por isso, também, que o mistério maior de minha agenda é quem seria essa tal Dona Eunice, cujo nome desconheço totalmente e nem sei com quem eu poderia associar.

AS DESMEMORIADAS

Conversa da mamãe comigo, ontem, ao passarmos de carro do lado de uma empresa:

- Lu, o Rubens trabalha aqui.
- Ah, que legal.
- Hmmm... eu já tinha te falado que ele trabalhava aqui?
- Talvez, manhê, mas se você falou eu esqueci.
- Ah, então agora lembra que eu te contei.
- Tá. Então lembra que dessa vez eu não esqueci.

terça-feira, novembro 08, 2016

HOJE DE MANHÃ...

- Que horas você tem que estar na rodoviária?
- Cedo. Mas não tenho horário fixo.
- Ah é. Você compra a passagem na hora, né.
- Sim. Mas normalmente prefiro comprar o ônibus das 9h30.
- Puxa... todo o ônibus? A gente tá podendo, hem!!!
- Ah! Você entendeu. A PASSAGEM!
- Eu sei. Mas bem que adoro você ser toda errada assim.
- HAHA. Tá bom.
- Por outro lado, seria muito legal você ir comprar o ônibus pra Vinhedo. E aí você chega lá, diz que não gostou muito daquele ônibus e devolve.

(por essas e outras que eu amo esse meu marido...)

domingo, novembro 06, 2016

MINHA CAÇULA, POR ELA MESMA

A Vanessa outro dia, definindo como é seu modo de ver a vida:

Você tem certeza que é completamente maluca quando sua amiga manda uma mensagem falando que sonhou que você tinha um cachorro e todo dia às 9:15 lambia o nariz dele e você percebe que realmente poderia fazer isso, e, pior... sua amiga concorda.

sexta-feira, novembro 04, 2016

- CONVERSAS MATUTINAS -

Enquanto maridão se prepara pra sair pro trabalho, eu vou conversando com ele.

- Sabe, vou dar um jeito de ver mais as pessoas, falar mais com elas...
- É?
- Eu sempre digo que vou. Mas quero parar de enrolar com a barriga.
- Hã... enrolar?
- Não.... EMPURRAR com a barriga.
- É, porque enrolar com a barriga ia ser difícil.
- Agora mais ainda. Há 30 quilos talvez eu conseguisse.
- Não, aí não seria enrolar com a barriga, mas sim ROLAR com ela.
- Ah, é...

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quinta-feira, novembro 03, 2016

NA ÉPOCA DA ESCOLA...

Ontem à noitinha, numa pausa em meus trabalhos, fui checar as mensagens e descobri da partida, repentina e prematura, de um colega meu de escola. Nunca chegamos a ser próximos pelo único e exclusivo fato que eu, adolescente super tímida que vinha de 4 anos de uma turma só de mulheres, conseguir interagir com meninos mais ou menos como se fosse fazer contato com extraterrestres.

Mas achava o Sergio um cara muito legal. Era uma daquelas pessoas divertidas, inteligentes, que volta e meia aprontava as coisas mais engraçadas, e com a cara mais séria do mundo. Conseguia levar advertência por estar cacarejando em aula. Outra vez ficou distraindo um colega na janela da sala pelos primeiros 15 minutos de uma aula de Matemática, até o professor perceber e mandar os dois se sentarem. Fazia graça pelas costas dos professores mas quando o pegavam, assumia o que tinha feito. Com tudo isso, ainda conseguia ser nosso monitor de classe.

Um dia, nós tínhamos que fazer uma prova de Geografia. Nossa turma meio que era o "terror" daquele ano, e a professora não gostava muito de dar aula para a gente. Nós, adolescentes, também não tínhamos muita paciência com ela por ter sido professora de metade dos nossos professores. Fizemos a prova da Olga e foi tudo normal até o primeiro aluno terminar. Ele entregou a sua folha para a professora, foi abrir a porta para sair da sala, e...

- Professora, a porta não abre.
- Como não abre?
- A porta está trancada.
- Não, não pode estar trancada. Tentou virar a chave?
- Não dá, a chave sumiu.
- Como SUMIU?
- Não está aqui.
- Ah meu Deus.

Nisso o segundo aluno já havia terminado a prova:
- Professora, a porta está trancada mesmo.
- Então tenta chamar alguém pra abrir!

E começou um desespero geral: estávamos trancados na sala, SEM CHAVE, justo com a Olga, enquanto a Olga se desesperava por estar trancada JUSTO com a gente. Enquanto alguns alunos tentavam chamar a atenção de alguém do lado de fora, pelo vidro da porta, os que iam entregando as provas ficavam aglomerados em um canto. Foi uma confusão geral, que só terminou uns 15 minutos depois com um funcionário da escola abrindo a porta e nós levando um baita "sabão" do diretor do prédio, pois "é claro que isso TINHA que acontecer com o Básico G".

Depois que soubemos. O Sergio queria colar na prova. E, pra isso, bolou um plano: esperou alunos e professora entrarem na sala, disfarçadamente trancou a porta e jogou a chave pela janela. Conforme foi se armando a confusão, como ninguém prestava atenção em mais nada, ele conseguiu colar com toda a tranquilidade do mundo.

É, cara... você foi inesquecível. Obrigada pelos momentos em que, mesmo sem saber, me fez rir muito.