sexta-feira, outubro 02, 2015

HISTORINHA

Era uma vez uma arca de madeira. Desculpem o trocadilho, mas essa arca de madeira sempre foi pau pra toda obra. Sustentou por anos uma TV Telefunken 26 polegadas. Guardou rascunhos de desenhos e muitas pinturas da minha avó. Depois, vindo pra minha casa, guardou minhas malhas por anos e agora, voltando à sala, guarda cadernos de desenho, LPs e afins.

Pois bem, além da arca de madeira ser pau pra toda obra, seu outro destino sempre foi ter seus cantos roídos por todos os cachorros que tivemos em casa. Não tenho cachorro em meu apartamento. Portanto, quem resolveu assumir a função de roer o que sobra dos cantos de minha arca é Bolívar, meu calopsito arteiro.

Foi assim que ontem á tarde eu afastava meu pestinha amarelo dos cantos da arca enquanto tentava conversar com minha mãe no telefone. Ela, por sua vez, estava tentando que a gata, que estava caçando uma lagartixa, que por sua vez tentava caçar pernilongos, não derrubasse toda a papelada da mesa e o monitor do computador.

Conclusão: o que pode ser considerado doido por alguns é o normal em nossa família.

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