quarta-feira, maio 14, 2008

- MEU PAI E O ESTACIONAMENTO -

Para quem não sabe ainda, no final do ano os meus pais se mudaram para o interior, a 80 km daqui de São Paulo. Levaram os seus serviços de contabilidade para lá, então mais ou menos uma vez por semana um deles vem pra capital para resolver algum trabalho e também matar as saudades dos filhos e netas. Por conta do Imposto de Renda, quem tem vindo para cá com mais freqüência é o papai, e ele já criou toda uma rotina: vem pra São Paulo logo depois do almoço, corre pra onde precisa, depois vai jantar com meu irmão e dorme na casa dele. No dia seguinte, termina o que precisa fazer e vem pra cá, para almoçar conosco em um restaurante aqui perto. Como só temos uma vaga de garagem, ele deixa o carro em um estacionamento descoberto, quase em frente ao meu prédio. Depois do almoço, o meu pai pega o carro e viaja de volta pra casa.

Pois bem. O tal do estacionamento aqui perto oferece serviço de lavagem do carro e, na primeira vez que o papai veio, aproveitou e o deixou pra lavar. Estava um baita sol, mas foi só chegarmos ao restaurante que desabou a maior chuva. E é claro que choveu no carro, recém lavado.

Na semana seguinte, ele tentou novamente. Estacionou o carro. A menina do guichê perguntou se era pra lavar, meu pai disse que sim. Passou aqui em casa, e nós fomos a uma churrascaria a alguns quarteirões daqui. Voltamos a pé, debaixo do maior temporal, encharcados e dando risada da cara do papai, que tinha outra vez perdido a lavagem. Ele, então, desistiu. Quando voltou na outra semana, assim que a menina perguntou: "é pra lavar?", respondeu:

- Eu não! Se eu lavo, chove...

Ela deu risada, e não perguntou mais. Com isso, paramos de tomar chuva na hora de ir almoçar. Acabou a época do Imposto de Renda, e o papai ficou algumas semanas sem vir pra cá. Veio só ontem, e fez toda a rotina de sempre. Hoje, na hora do almoço, o encontramos na rua, e ele foi contando:

- O carro ficou lá no estacionamento para lavar, vamos ver se dessa vez vai!
- Bom, pai... pelo menos o tempo tem estado seco por aqui.
- É, eu falei para a menina: espero que dessa vez não chova. E ela me respondeu: olha, se chover hoje no seu carro, o senhor ganha uma lavagem grátis da próxima vez.

... E, adivinhem só???? Quando vier novamente pra São Paulo, papai não vai precisar pagar pra lavar o carro!!!! E, se alguém estiver com problema de seca em sua cidade, já sabe o que fazer, chame o meu pai...

domingo, maio 11, 2008

SER MÃE É...

... passar a semana inteira fingindo que não vê as filhas escondidas para fazer os seus presentes de dia das mães;
... ficar esperando ansiosamente pelo domingo, pra descobrir o que fizeram desta vez;
... ganhar um porta-trecos feito de garrafa de coca-cola que mal cabe em sua mesa, mas que você vai deixar lá atravancando, toda feliz;
... pensar em uma nova arrumação na gaveta do criado-mudo, que já está cheia com a coleção de bilhetes e cartões já ganhos em anos anteriores. E você, portanto, quebra a cabeça para saber o que dá para tirar de lá para caberem mais bilhetes e mais cartões.

SER UMA MÃE BLOGUEIRA É...
... após dizer às filhas que o maior presente de todos foi tê-las, ouvir da caçula que o bom de ser mãe é que elas ganham presentes em dois dias, no aniversário e no Dia das Mães, e que "depois você escreve isso lá no seu blog, né, mamãe?"

E SER MÃE E FILHA AO MESMO TEMPO, O QUE É?...
... é saber com toda a extensão o que é o amor da minha mãe, e ser a pessoa mais realizada do mundo por ser filha dela, uma mulher de 60 anos que até hoje carrega a alma de uma criança e me passou a mesma alegria de viver.

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E, neste Dia das Mães, não poderia deixar de colocar uma homenagem a uma amiga blogueira que já comemorou muitos e muitos dias das mães, não só por ser mãe, como também por ser avó, e bisavó, a querida Maith. No último dia 3, tivemos a felicidade de "materializá-la". Nos próximos dias, comento mais sobre o assunto (não o fiz ainda por falta de tempo de baixar as fotos aqui no computador...

quarta-feira, maio 07, 2008

- SIM, AINDA ESTOU VIVA!!!...

... mas devo confessar que a coisa anda preta em matéria de tempo. Nos primórdios do EEEPA, ainda no Blogger Brasil, eu era uma contabilista frustrada, com horário de trabalho, fins-de-semana livres e etc. Agora sou uma desenhista realizada, sem horários, fins-de-semana, etc. Sabem como é... ou não temos nada de trabalho, ou aparece tudo ao mesmo tempo. Enfim, eu JURO que assim que sobrar uma folga e cérebro faço todas as visitas que estou devendo, tanto aos amigos antigos como aos novos que têm passado por aqui.

Estava aqui pensando no que postar, e me lembrei que esqueci de fazer o repost da terceira parte das telefonices, para quem tem preguiça de procurar nos links. Lá vai, então, tal como foi postado na época, e com um pequeno update:

- TELEFONICES (3ª PARTE) -

Nos tempos atuais, é comum atendermos a três tipos de ligação:

- engano (geralmente por confusão de nossos [des]serviços);
- telemarketing;
- pedidos de doação.
* Update de 08/05: hoje eu diria que há um quarto tipo, os agradáveis telefonemas de cobrança. *

Engraçado, antigamente era mais comum recebermos ligações de trote. Volta e meia, acontecia lá em casa. Eu devia ter uns oito ou nove anos quando aprendi a atender ao telefone e, em uma das primeiras vezes, aconteceu:

- Alô???
- Alô, é do açougue?
- Não...
- Ué, eu pensei que estava falando com o bofe!!!

Pronto!!! Desliguei na cara do engraçadinho. Fui contar para a minha mãe, e ela caiu na gargalhada:

- LUUUUUU!!! Você desligou na cara do seu PAI!!!

OK. Além de ser péssima fisionomista, não reconheço com quem falo no telefone... Mas que culpa tenho eu do meu pai gostar de passar trote lá em casa???