sábado, março 31, 2007

PEQUENO DIÁLOGO...

- VANESSA!!! Por que toda vez que começa um videoclip ou comercial você corre de onde estiver para a TV?
- Ah, mãe! É que cada vez que eu ouço uma música o meu sentido de "vai lá" toca...

Mas pelo menos a coisa agora evoluiu. Na época do Carnaval ela não podia ouvir o comercial da Ivete Sangalo cantando "ou seja cerveja" que saía correndo pra me abraçar. O pior é que não sou fã nem de cerveja nem da Ivete Sangalo. E, quando quis saber por que justo com aquele comercial a Vanessa fazia aquilo, ela me explicou:
- Sabe, mãe... é que assim eu tenho hora certa pra abraçar você...

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Falando nisso, vocês sabem que a figura aí acima tem um blog desde os quatro anos? Para quem quiser conferir, o endereço é este aqui: http://www.vanezilla.blogger.com.br

quarta-feira, março 28, 2007

A HERANÇA DO FALECIDO

Maria trabalhou conosco durante quase vinte anos. E ela volta e meia contava do "Falecido", que foi o marido que a abandonou e ficou anos sumido. Um dia, chegou lá em casa com a novidade:
- Ih, Dona Nina! Sabe... o Falecido ressuscitou!!!
Pois é. Acontece, que o Falecido estava muito doente, então resolveu voltar para a Maria no finalzinho de sua vida. Como a essa altura ela já estava praticamente sem dentes, ele resolveu lhe dar de presente uma dentadura. E morreu logo em seguida. A partir daí, a Maria só chamava a dentadura de "a Herança do Falecido", mas como nunca se adaptou direito a ela, era só chegar da rua que já a colocava em um copo com água, em cima da bancada da área de serviço.
E foi assim que, certa manhã, a mamãe estava no quarto e só ouviu um barulho de coisa caindo, seguido pelos berros da Maria:
- EEED!!! EEEED!!! Volte aqui com a Herança do Falecido! Foi a única coisa que ele me deixooooou! HAHAHAHA...
E chegou na sala, a tempo de ver a Maria sem os dentes correndo atrás do Ed Wood, que sorria com os dentes da Maria em sua boca de cachorro. Igual sorriso de desenho animado. Há muito tempo, ele "namorava" a Herança do Falecido e, em um momento de descuido, pulou igual a um ioiô e conseguiu roubá-la de cima da bancada.
Querem saber o final da história? Eu conto: em meio a berros e risos, mamãe e Maria correram atrás do Ed pela sala inteira e finalmente conseguiram encurralá-lo em um canto. Pegaram a Herança do Falecido de volta, a colocaram para ferver durante umas duas horas, e ela ficou novinha em folha...

sábado, março 24, 2007

APRESENTANDO O ED WOOD


Faz tempo que eu não falo dele. Aliás, os leitores mais recentes só o conhecem pela ilustração lá em cima. O Ed Wood é o meu irmão caçula mimado de quatro patas. Mora com os meus pais e é um cachorro da raça Beagle (para quem não sabe, é a raça do Snoopy). Filho de pais mais velhos (os meus), ele faz coisas que meu irmão e eu nunca pudemos fazer. Tais como:


- dormir na cama com eles;
- ganhar brinquedo cada vez que eles chegam do supermercado;
- subir na mesa para pegar comida.

Pois bem. Se um beagle normal já é por natureza um cachorro maluco, o Ed é o campeão mundial dos doidos. É comum termos que parar a refeição para correr atrás dele e pegar o pano de prato que ele pescou de cima da pia, ou a luva térmica que pescou de cima do fogão. Ou ainda tentar entender por que ele saiu correndo sozinho da área de serviço com um barbante pendurado na bunda. Pra depois descobrir que era o barbante que amarrava uma orquídea do meu pai que deixara de existir alguns dias antes. Tivemos que correr pela sala toda atrás do bicho, quando o encurralamos em um canto a mamãe, com a mão protegida por um papel toalha, puxou o barbantinho. Vocês já viram cachorro apitar??? Pois eu juro que o nosso apitou.

Outras peripécias que o Ed já aprontou:

- Cavou uma toca dentro do sofá;
- Comeu o meu chaveiro que estava dentro da minha bolsa. Detalhe: a bolsa estava fechada, em cima da mesa, e a mesa estava sem uma cadeira por perto, para ele não subir;
- Saiu passeando com a escova de dentes do meu pai pendurada pelo cabo, igual a um cachimbo.

Agora, a pior de todas que o Ed aprontou eu deixo para contar no próximo post. Não percam, ok???

quinta-feira, março 22, 2007

TELEFONICES (2ª PARTE)

O tema "telefone" sempre rendeu bastante na nossa família. Mesmo quando poucas pessoas tinham telefone em casa. Talvez tenhamos números muito fáceis, sei lá. Ainda na minha infância, ficou famosa a história do terreno:
- Alô???
- Boa tarde, eu queria saber como faço para ver o terreno...
- Terreno? Que terreno???
- Ora, o terreno que vocês estão vendendo!!!!
- Mas não estamos vendendo terreno, aqui é prédio!!!!
- Claro que estão!!!! Tem até o telefone no muro!!!
- Que muro??? Não entendi!!! O que está acontecendo???
- Minha senhora, eu vou perder a paciência... você não vai dizer quanto custa o terreno???
Depois de algumas ligações que sempre terminavam em discussão, descobrimos o problema: alguém estava vendendo um terreno, e colocou o número do NOSSO telefone em um muro sei lá onde nessa minúscula cidade de São Paulo! Lindo. Porque as pessoas não acreditavam e queriam ver o terreno de qualquer jeito. Devia ser um terreno muito bom, porque o problema durou anos, e cada vez que a gente se esquecia do assunto, vinha alguém lá e ligava de novo. Só resolveu depois que vendemos a linha.
Não adiantou. Anunciaram o nosso novo número em um jornal de grande circulação:
- Bom dia!!! É daí que estão vendendo um UNO Eletronic verde???

CONCLUSÃO- Não adianta mudar de telefone... se a família é doida, até as linhas vão ser esquisitas!!!

quinta-feira, março 15, 2007

TELEFONICES (1ª PARTE)

A história abaixo aconteceu quando eu ainda trabalhava em escritório. E também quando eu ainda tinha um aparelho de celular (ou seja, foi antes de seu fatídico suicídio em outubro de 2005). Graças ao belo serviço da Vivo, o único lugar onde o meu aparelho pegava sinal era dentro da minha bolsa, em cima de uma cadeira e ao lado da mesa. Para eu conseguir ouvir o meu celular, deixava no último volume da musiquinha mais ridícula disponível em meu aparelho. E é claro que toda vez que ele tocava eu precisava sair correndo para atender, quase sempre depois de meia hora em que ele estava tocando. E assim um belo dia, eu estava pra lá de atrapalhada com um monte de impressões pendentes pra anteontem, quando...
Minha bolsa: - LARALARÁÁÁÁÁÁ!!! LARALARÁÁÁÁÁÁ!!! LARALARÁÁÁÁÁÁÁ!!! LARA-LARALARARAAAA...
LARALARAAAAA... LARALARAAAAAA... RAAAAA... RA-RA-RAAAAAAAA...
Eu: - Pronto???
Voz cavernosa de homem: - Tudo bem, minha nêga?
Eu: - Quêêêêêêê???
Voz cavernosa de homem: - Eu falei: tudo bem, minha nêga?
Eu: - Tudo bem, mas... quem está falando?
Voz cavernosa de homem: - Eu, nêga!!!
Eu: - Céus!!! Eu QUEM?????
Voz cavernosa de homem: - Ué, sou EU, nêga!!! Não é a Sandra quem está falando???
Eu: - Não!!!!!!
Voz cavernosa de homem: - Aaaaaaah!!! Então tchau...

Digam a verdade: eu mereço, não é?

sexta-feira, março 09, 2007

DOCES LEMBRANÇAS

Noite de 1980 e qualquer coisa. A rua toda sem luz e um casal de irmãos jantando a luz de velas. Ela, que sempre teve fobia de fogo, tentava se manter o mais longe possível. Ele, sabendo do pavor da irmã, resolve fazer a experiência:

- Sabe, Lu... eu vi na TV que se a gente passa rápido o guardanapo de papel perto da chama da vela, ele não pega fogo, olha só que legal...

- Ah não... pára com isso, Adri!!!!

- Mas é verdade... olha lá que legal... olha, estou aproximando...

- PÁRA, ADRI, QUE ESSE TROÇO VAI QUEIMAAAAAAAR!!!!

- Vai não, Lu, olha só que legal, estou passando bem pertinho e... IIIIHHHH!!!!

- AAAAAAHHHHHH!!!! OLHA O QUE VOCÊ FEZ, SEU DOIDO!!!! AGORA ELE ESTÁ QUEIMANDO!!! NÃÃÃO, NÃO JOGA NO CARPETE!!! AI, E AGORA???

- IH, LU, VAI QUEIMAR TUDO!!! VAI LÁ E SAPATEIA EM CIMA IGUAL ACONTECE NO DESENHO QUE APAGA, VOCÊ ESTÁ DE CHINELO!!! ISSO MESMO!!! VAI!!! ISSO, PULA, PULA!!!! LU, CUIDADO QUE VAI GRUDAR NO SEU PÉÉÉÉ E...

- AAAAAAAAAAAAAARRRRRRRRGGGGGGGGGGHHHHHHHHHH!!!!

E essa foi a noite em que um chinelo de borracha em chamas entrou em órbita com um chute, voou por uns 20 metros e foi parar no meio da cozinha. Não sei bem se foi o vôo ou o fato de cair com a sola para baixo, mas o certo é que o fogo se apagou.

Sinceramente??? Acho que foi a forma do meu irmão se vingar da minha experiência de soltar o dicionário em sua cabeça...

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AVISO:
Pessoal!!! Depois de meses a Vanessa resolveu postar em seu blog. Passem por lá para conhecer!!!

sábado, março 03, 2007

- EXPERIÊNCIA CIENTÍFICA -

-Elementos para a experiência:
1-
Um irmão de dois anos sentado em uma cadeirinha de balanço;
2- Uma irmã de seis anos sem ter o que fazer;
3- Um "Pequeno" Dicionário da Língua Portuguesa (daqueles que devem pesar uns dois quilos).

-A experiência:
Saber o que acontece se a irmã de seis anos soltar o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa na cabeça do irmão de dois.

-O resultado da experiência:
1-
Um irmão chorando muito;
2- Um dicionário partido ao meio;
3- Uma irmã que levou palmada e ficou de castigo.

-Conclusão:
Dicionários em queda são dolorosos para todas as partes envolvidas...

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PEQUENA EXPLICAÇÃO, ANTES QUE ALGUÉM ME PERGUNTE:
Os protagonistas de tão dolorosa experiência foram meu irmão e eu. E é pela razão acima que o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa, todo remendado, foi mantido em lugar seguro até as minhas filhas ficarem maiores...